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domingo, janeiro 01, 2006

Ano Novo - caminhando se faz caminho


é bom começar um ano novinho em folha, a estrear. gostaria de o tecer com a habilidade e a sabedoria com que a minha avó me tricotava meias de renda, que cresciam impiedosamente a partir de 5 agulhas, num desenho bonito, nem sempre igual, nem sempre diferente. O desenho era o da imaginação do momento, produto da inspiração daquele dia ou daquela hora em que descansava a fazer tricot.Usar um par de meias de renda novas feitas pela minha avó, era um prazer inventado, que só na adolescência ousei desafiar.
Ainda conservo um par de meias de renda, feitas com 5 agulhas muito fininhas, que mais pareciam ferrinhos. E vem-me à memória a mestria que lhe pertmitia transformar a linha e o tempo, com o auxílio de 5 ferrinhos, em bonitas meias de renda.
Hoje é dia de calçar as meias de renda.
Que o 2006 seja de renda tecida e de vitórias.

4 comentários:

Alice disse...

Giro, como as conversas se enleiam e se enovelam e às vezes se encontrem em coincidências difíceis de explicar. Tu a falares de meias e de rendas, eu a falar de novelos e de meadas, num blog vizinho...
Boas teias e boas rendas também para ti no Ano Novo!

Alice disse...

não é encontrem, é encontram, odeio gralhas.

Alice disse...

nunca pensei usar esta caixinha para comentários em tempo real, mas eis que se impõe - o server da chafarica não funciona, a caixinha sim: a gralha é no meu próprio comentário, não no teu post!

Diafragma disse...

Essa história fez-me lembrar quando, há relativamente poucos anos, via uma mulherzinha nas arcadas do Terreiro do Paço em Lisboa, a fazer uma coisa chamada Renda de Bilros. E de como eu fiquei hipnotizado a ver aquela espantosa destreza de "n" pausinhos a voarem-lhe nas mãos sobre uma almofada cilindrica, onde crescia, misteriosamente, uma renda!
Ainda alguém fará disso?