Hoje, 28 de Novembro, a L.A. foi sozinha a um concerto de jazz.
Chove e faz um frio até à alma.
Qual motorista pontual, depositei-a à porta da Culturgest, com a promessa de a resgatar às 11.00H.
Voltei para casa...dar um descanso forçado à motorista.
Sinto um desmedido orgulho ... pelos seus rasgos de independência e por querer fazer mesmo sozinha as coisas que acho que lhe sabem bem.
Sinto que lhe dei asas e que começa a voar ... para onde acha que o caminho é mais bonito!
Estão tão contente com esta filha!
Coisa bonita!!!
Tinha que marcar este dia, a bilros, letras e lacre!
O Wittgenstein colocou o grande problema da filosofia na (in)capacidade de comunicação. No tempo dele não existia este modernismo de blogar.
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sexta-feira, novembro 28, 2008
sábado, novembro 15, 2008
o mar ...
tenho sempre tantas coisas para escrever, são tantas que só consigo vivê-las. falta-me mesmo tempo para as escrever. é que gosto de degustar a vida ... de mansinho, de preferência a ver o mar, como me disse hoje a minha mãe "Está um dia lindo, estou no sitio onde tu gostas de estar: ao pé do mar". Que felicidade ter uma mãe assim!!!
quinta-feira, junho 12, 2008
domingo, maio 11, 2008
enganar os dias
segunda-feira, abril 21, 2008
dias de andarilho
Chegou a casa com as botas esfoladas,
a tinta castanha raspada na biqueira, desenhando arranhões na pele …
A pele dentro das botas esfoladas, gemendo dores como as biqueiras … arranhadas
Sonhos gastos e arranhados, perdidos na película fina da calçada percorrida.
Horas de dias que os dias não têm…
A calçada cinzenta,
As botas esfoladas,
Os pés lá dentro,
Gemendo desenhos,
O sonho arranhado,
Vazio,
Perdido.
a tinta castanha raspada na biqueira, desenhando arranhões na pele …
A pele dentro das botas esfoladas, gemendo dores como as biqueiras … arranhadas
Sonhos gastos e arranhados, perdidos na película fina da calçada percorrida.
Horas de dias que os dias não têm…
A calçada cinzenta,
As botas esfoladas,
Os pés lá dentro,
Gemendo desenhos,
O sonho arranhado,
Vazio,
Perdido.
Em casa, passou graxa na biqueira arranhada das botas,
Lavou com água os pés gementes para que parassem de gemer,
E escreveu o sonho, esfolado, raspado na parede da sala.
Amanhã nascerá outro dia!
Lavou com água os pés gementes para que parassem de gemer,
E escreveu o sonho, esfolado, raspado na parede da sala.
Amanhã nascerá outro dia!
quarta-feira, janeiro 30, 2008
A la recherche du temps perdu
Bruxelas, 5 da tarde! Anoitece depressa, as nuvens correm apressadas e espessas ... quase se adivinha a lua, o dia não deixou ver o sol. Terceiro dia consecutivo sem chuva na cidade. A mancha escura de pessoas desloca-se apressadamente para a gare du midi. Fila para o bilhete! Bilhete na mão...! Zoen van der likt, de vinkt de zeek....qualquer coisa Amsterdam.
Linha 5....
Num labirinto de obras e tapumes, alcançámos um cais minúsculo, onde se lia numa placa com ar de inicio do século "5". Era ali a linha 5.
Subir o comboio com uma mala carregada com 30 kilos, sendo 15 de livros, 4 de chocolates e o restante de miudezas indispensáveis a um qualquer viajante, não é tarefa fácil em horas de ponta por aqueles sítios.
Instalados em bancos rebatíveis e agarrada a duas malas, não fosse o diabo tecê-las...degustei como pude a noite e a paisagem suburbana que corria vagarosa na janela atrás de mim. De repente, apercebi-me que não fazia ideia do sitio onde teria que sair...mas a menina do Van der linkt, de zim, de binkt, deveria dar um qualquer sinal oral quando se aproximasse a estação do aeroporto. Olhei para o relógio constatei quase em pré-pânico que tinham já decorrido os 15 minutos que tinha demorado a mesma viagem quando a tinha feito pela primeira vez, inversamente. De repente, dois jovens casais de namorados que viajavam de pé mesmo ao lado, instalaram-se. Sentados no chão de pernas cruzadas na plataforma do comboio ... confirmaram-me o que não queria. Aquele comboio não era o meu. Olhei para o meu companheiro de viagem, que num torcer de boca e esparregar de olhos, reconfirmou as suspeitas! E o comboio, inexoravelmente, roubou-me todas as esperanças ... desatou a acelarar, qual TGV pela estrada de ferro afora.
Quando pararia??? Vieleicht Amsterdam!!! Gut sehr gut!!!! Eram 6.40 da tarde. o avião só partia às 20.05. Talvez houvesse uma estação milagre no entretanto.
E surgiu a dita! Atrás da janela, um pináculo de catedral iluminado, confirmava-me que aquele não era o meu comboio da linha 5, mas sim outro qualquer que por razões que o van der linkt, zim de vinkt não me tinha deixado perceber.
Saímos...sem saber onde!
Objectivo. Apanhar o comboio ao contrário e voltar rapidamente ao local de partida. Bruxells, gare du midi.
à suivre....
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