Ia o dia a meio, algures no hemisfério norte da nossa viagem.
Perderam-se os heróis...e as vestes ficaram vazias, murchas, inertes, como um presságio de pesadelo a esquadrinhar-nos a rua.
Quem seriam os homens dentro dos casacos??
O Wittgenstein colocou o grande problema da filosofia na (in)capacidade de comunicação. No tempo dele não existia este modernismo de blogar.
Número total de visualizações de páginas
segunda-feira, outubro 31, 2005
domingo, outubro 30, 2005
a chave mágica dos sonhos de acordar...
quinta-feira, outubro 27, 2005
Este livro por que lemos
Impressões de eternidade
"Tive uma casa onde havia um quarto; e tive um quarto onde havia um armário; e tive um armário onde havia livros. Era esses livros que eu tirava do armário, para esconder no quarto, para sair de casa para os ler no quintal onde ninguém me via"
Nuno Judice, Velhas leituras, in Cartografia de Emoções
"Tive uma casa onde havia um quarto; e tive um quarto onde havia um armário; e tive um armário onde havia livros. Era esses livros que eu tirava do armário, para esconder no quarto, para sair de casa para os ler no quintal onde ninguém me via"
Nuno Judice, Velhas leituras, in Cartografia de Emoções
quarta-feira, outubro 19, 2005
segunda-feira, outubro 17, 2005
A festa de outono
Foi bonita a festa, pá, fiquei contente!
Pelas fotografias, percebo que estamos todos mais velhos...mais velhos do que... quando...não sei. Mas sei que estamos!
As rugas cheias de histórias e tantas coisas que a pele não conseguiu esticar.
Os óculos sem os quais só se diz a poesia que se sabe de cor e de côr.
E as ideias, gritadas ou tangidas, saídas de muitos dias a contar estrelas à procura da estrela cadente que teimosamente não chegava.
E como quem já descobriu o atlas, mas sabe que é ainda grande o caminho para descobrir as coordenadas, trocam-se rugas por passos já dados ou um copo por sonhos, inventa-se o outono "com carácter de urgência" e acredita-se na palavra como a rainha da festa. Por ela chegamos à estrela, afinamos a coordenada e, depois do caminho da floresta, dos muros, dos potes, das casinhas, descobrimos paisagens coladas à pele.
Depois...oferece-se um abraço, porque a palavra precisa de música e toca-se o dia que vai nascer. Foi bonita a festa, pá, fiquei contente.
Até amanhã...
Pelas fotografias, percebo que estamos todos mais velhos...mais velhos do que... quando...não sei. Mas sei que estamos!
As rugas cheias de histórias e tantas coisas que a pele não conseguiu esticar.
Os óculos sem os quais só se diz a poesia que se sabe de cor e de côr.
E as ideias, gritadas ou tangidas, saídas de muitos dias a contar estrelas à procura da estrela cadente que teimosamente não chegava.
E como quem já descobriu o atlas, mas sabe que é ainda grande o caminho para descobrir as coordenadas, trocam-se rugas por passos já dados ou um copo por sonhos, inventa-se o outono "com carácter de urgência" e acredita-se na palavra como a rainha da festa. Por ela chegamos à estrela, afinamos a coordenada e, depois do caminho da floresta, dos muros, dos potes, das casinhas, descobrimos paisagens coladas à pele.
Depois...oferece-se um abraço, porque a palavra precisa de música e toca-se o dia que vai nascer. Foi bonita a festa, pá, fiquei contente.
Até amanhã...
quarta-feira, outubro 12, 2005
da chuva
Hoje chove. Como se diz na minha terra, está chovendo. Ainda não tinha ouvido nesta casa o silêncio toc-toc da chuva. É diferente das outras onde vivi. A chuva tem melodias diferentes. Depende do sitio onde estamos. Ainda não tinha ouvido a chuva nesta casa. Passei a manhã a escutá-la e afinal não tinha saudades.
terça-feira, outubro 04, 2005
Fim de Setembro com paisagens claras
Passei o fim de semana, prolongado, felizmente, sem luar, mas com eclipse pela manhã. Passeei por paisagens vazias, praias desertas e paisagens de pôr de sol quase só para mim. Deixei-me enroscar nos braços e abraços dos pinheiros, secos mas altivos, resistentes a mais um mês de grande seca. Ouvi melodias naturais, daquelas que nenhum compositor pode compor e que deixam no ouvido e na alma sons nunca ensaiados, interpretados por uma orquestra acabadinha de criar. Foi muito bom. Depois, fomos a Querença, aldeia prodigiosa, perdida e achada no meio da serra, onde o bando, por saber ser e saber fazer, contagiou os poucos mas atentos habitantes para um projecto que sendo seu, parece já ser de toda a gente, tal não é a força com que alguns conseguem transmitir os seus projectos, por loucos e arrojados que sejam. É a magia de fazer colar sem cola, através da alma e de uma mensagem que mesmo que não se entenda integralmente, se compra e se tatua na pele. Na pele de Querença, que se vestiu nas janelas de roupas feitas de rostos a preto e branco, de alma aberta e casas caiadas. Querença vale a pena por estes dias. O Bando vale a pena por estes tempos.Viva!!!
Subscrever:
Mensagens (Atom)