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terça-feira, outubro 04, 2005

Fim de Setembro com paisagens claras

Passei o fim de semana, prolongado, felizmente, sem luar, mas com eclipse pela manhã. Passeei por paisagens vazias, praias desertas e paisagens de pôr de sol quase só para mim. Deixei-me enroscar nos braços e abraços dos pinheiros, secos mas altivos, resistentes a mais um mês de grande seca. Ouvi melodias naturais, daquelas que nenhum compositor pode compor e que deixam no ouvido e na alma sons nunca ensaiados, interpretados por uma orquestra acabadinha de criar. Foi muito bom. Depois, fomos a Querença, aldeia prodigiosa, perdida e achada no meio da serra, onde o bando, por saber ser e saber fazer, contagiou os poucos mas atentos habitantes para um projecto que sendo seu, parece já ser de toda a gente, tal não é a força com que alguns conseguem transmitir os seus projectos, por loucos e arrojados que sejam. É a magia de fazer colar sem cola, através da alma e de uma mensagem que mesmo que não se entenda integralmente, se compra e se tatua na pele. Na pele de Querença, que se vestiu nas janelas de roupas feitas de rostos a preto e branco, de alma aberta e casas caiadas. Querença vale a pena por estes dias. O Bando vale a pena por estes tempos.Viva!!!

1 comentário:

Diafragma disse...

Bonito texto, pena ter perdido a festa.
Achei particularmente interessante a frase: "mesmo que não se entenda integralmente, se compra e se tatua na pele". Acontece-me várias vezes.