Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, outubro 17, 2005

A festa de outono

Foi bonita a festa, pá, fiquei contente!
Pelas fotografias, percebo que estamos todos mais velhos...mais velhos do que... quando...não sei. Mas sei que estamos!
As rugas cheias de histórias e tantas coisas que a pele não conseguiu esticar.
Os óculos sem os quais só se diz a poesia que se sabe de cor e de côr.
E as ideias, gritadas ou tangidas, saídas de muitos dias a contar estrelas à procura da estrela cadente que teimosamente não chegava.
E como quem já descobriu o atlas, mas sabe que é ainda grande o caminho para descobrir as coordenadas, trocam-se rugas por passos já dados ou um copo por sonhos, inventa-se o outono "com carácter de urgência" e acredita-se na palavra como a rainha da festa. Por ela chegamos à estrela, afinamos a coordenada e, depois do caminho da floresta, dos muros, dos potes, das casinhas, descobrimos paisagens coladas à pele.
Depois...oferece-se um abraço, porque a palavra precisa de música e toca-se o dia que vai nascer. Foi bonita a festa, pá, fiquei contente.
Até amanhã...

Sem comentários: