Saí à rua pela tardinha, quase noite. Como deixei de fumar, recuperei uma capacidade olfactiva semi perdida. Cheirava maravilhosamente a lilases numa rua por onde passeei. Voltei atrás...a cidade deserta, e eu subia e descia a rua só para cheirar os lilases. Não consegui vê-los, estavam de certeza escondidos atrás de um muro alto...mas a primavera a bater à porta trás os cheiros da memória.
Que bem me soube este domingo! Amanhã volto ao sitio onde os lilases cheiram bem.
maria
2 comentários:
O aroma dos lilazes, do jasmim, da madressilva, o sabor delicado dos frutos e vigoroso do vinho. toda uma aguarela de sentidos que vale a pena sentir...e saber o que se ganha ao abandonar outros prazeres, outros amores...
Obrigado Maria, também pela partilha.
Não posso estar mais de acordo com o que dizes.
Apesar de verrinoso, sarcástico, de ter perdido muito do entusiasmo e da secreta esperança de 'mudar o mundo', continuo a crer.
Todavia, sem ética e sentido de estado por parte de quem deve, não há grundnorm que nos valha.
Quando tudo isso se torna invasivo do meu sossego, também faço como tu: "inflicto, torneio e tento chegar ao sitio onde os lilases cheiram bem".
Obrigado.
bj "cadinhoso", como dizia o meu filhote quando era pequenino.
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