O Wittgenstein colocou o grande problema da filosofia na (in)capacidade de comunicação. No tempo dele não existia este modernismo de blogar.
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quarta-feira, março 29, 2006
existirmos a que será que se destina??
deve ser numa floresta como esta que habitam as fadas e a família de duendes que o João conhece.
Passo por lá sempre que posso ... às vezes basta-me querer, outras quero e não consigo. Outras ainda preciso de ajuda, uma mão que me conduza um livro que me transporte, um abraço que seja verde e apertado.
Hoje..sei lá...passeei!
"E éramos olhar-nos intacta a retina, a cajuína, cristalina em teresina"
maria
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2 comentários:
Olá Maria,
responde-me onde quiseres. Gosto sempre, e muito, de te ler.
A questão da realidade a que me referi, que daria páginas de prosa bagatelosa, tem a ver com isto, na essência.
Passamos, passo, o dia enfronhado nestas matérias tão pouco naturais, como tu, aliás, se bem percebo.
Gosto e muito do que faço, não se confunda a questão.
Mas a verdade é que, pouco a pouco, o entrosamento com as matérias é tal que a absorção por elas é quase total.
Perde-se o contacto com a realidade, até por falta de tempo.
Um texto como aquele devolve-me instantâneamente à realidade, à necessidade de voltar a ler outras mentes, a um "teaser" intelectual vivo.
Porque essa sim, é a realidade da vida.
Motivado pelo teu texto, em vez das tretas doutrinais do costume, comecei ontem a ler uns textos do Antoni Tàpies, pintor Catalão.
Embora pintor, a sua linguagem, para além da plástica, vem vertida em verbo, com uma profundidade e uma densidade admiráveis, numa visão do mundo pelos olhos de um livre pensador que tem a vantagem de olhar e nos oferecer o mundo numa bandeeja de sensibilidade artística.
Estás a ver no que deu o teu post?
Lindo, o passeio entre fadas e duendes. :) Também eu às vezes, de olhos bem fechados, me esforço por abrir a porta para esse outro mundo. Nem sempre lá chego, é verdade. Mas nos dias de viagem bem sucedida... que bela, a recompensa! :)
Obrigada pela partilha,
A.
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